quinta-feira, 27 de maio de 2010

CRONICAMENTE INVIÁVEL EM DEBATE COM RODRIGO CÁSSIO - TERÇA DIA 01 DE JUNHO


CRONICAMENTE INVIÁVEL EM DEBATE COM RODRIGO CÁSSIO

ENTRADA FRANCA

Terça-Feira, 01 de junho de 2010, às 19h30

Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia

O Cineclube Cascavel apresenta na próxima terça-feira, dia 01 de junho às 19h30, o filme Cronicamente Inviável, de Sérgio Bianchi. Controverso, ao mesmo tempo em que um dos mais celebrados filmes do diretor, Cronicamente Inviável é por si só tema para vários debates. O filme foi, também, objeto de pesquisa da dissertação de mestrado do crítico de cinema goiano Rodrigo Cássio, que debaterá com o público presente após a exibição do filme.

Conforme o Rodrigo Cássio chama à atenção em sua pesquisa, a imagem da nação elaborada em Cronicamente Inviável traz o tom exasperado que delineia os enlaces de poder horizontais, ao mesmo tempo diferenciadores dos entes sociais e aptos a arremessarem as diferenças em um conjunto homogêneo, no qual a brasilidade se constitui, por exemplo, sob os braços abertos de um Cristo Redentor que não apazigua nem promove a redenção. Não há saída. Antes disso, até mesmo a bênção divina é um convite para que a destruição persista, e o filme não se esquiva de afirmar essa nacionalidade adoecida, tão próxima de uma esperança vazia quanto mais absorvida pelo ufanismo fácil que, no filme, está ausente. Os galhos retorcidos do cerrado sinalizam um gigante adormecido em berço esplêndido: o próprio Deus das lembranças de infância da personagem Amanda, em uma metáfora que associa o hino nacional ao insuflado – e duvidoso – otimismo da nação.

Ainda segundo Rodrigo, Cronicamente Inviável destitui a soberania nacional, tão arraigada no discurso televisivo, na medida em que a indústria cultural se sofisticou e o nacional-popular encontrou um novo esteio no país. À luz do que pautou o debate nos anos 1960, a conjugação de povo, nação e desenvolvimento está refletida em seu viés mais ácido, ao gosto de uma irreverência cética que ganhou força no cinema brasileiro dos anos 1970. O povo é uma quimera – dividida entre as massas encantadas pela felicidade moribunda do carnaval ou o público passivo de um programa de tevê. Nas palavras do crítico Ismail Xavier, a totalização da experiência nacional, no filme de Sérgio Bianchi, “põe os brasileiros no laboratório do medo, das hipóteses idílicas ironizadas, dos ódios recíprocos que desmontam o mito da simpatia e do jeitinho, dos comentários ressentidos que azedam a alegria e o carnaval”. De fato, nada parece menos provável, em Cronicamente Inviável, que os desejados benefícios do desenvolvimento, tão perseguidos pelo Brasil moderno – resta apenas a pergunta: o que terá, de fato, desenvolvido na nação que outrora se chamou de Terceiro Mundo?

PROGRAMAÇÃO

DIA 01/06 – CRONICAMENTE INVIÁVEL EM DEBATE COM RODRIGO CÁSSIO

Terça 19h30

Cronicamente Inviável | Sergio Bianchi, Brasil, SP, 2000, Fic., 102’

Percorrendo diversas regiões do país, um escritor vivencia a crueldade e a hipocrisia das relações sociais, econômicas e sexuais no Brasil contemporâneo.

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ENTRADA FRANCA

Segunda-Feira, 01 de junho de 2010, às 19h30

Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia

Debate com o público após a sessão

Realização - ABD-GO

Parceria - CARAVÍDEO

Apoio - ABD Nacional, Conselho Nacional de Cineclubes, Cine Mais Cultura, Secretaria do Audiovisual/MinC

Siga no twitter: cinecascavel

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Circuito Cineclubista de Goiás - Maio de 2010





CIRCUITO CINECLUBISTA DE GOIÁS

ESTRÉIA COM ATRAÇÕES ESPECIAIS

As sessões do Circuito Cineclubista de Goiás iniciaram no último dia 17, em Anápolis, e se estendem até 29 de maio, em Jataí, passando pela Cidade de Goiás e Goiânia. A programação é composta por quatro curtas-metragem goianos, que foram premiados na Mostra ABD Cine Goiás, que acontece paralela ao Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), na Cidade de Goiás.
Segundo Luiz Felipe Mundim, curador do Cineclube Cascavel e do Circuito, “o objetivo dos cineclubes é democratizar o acesso aos bens culturais. Já o circuito, possibilita troca de experiências entre os cineclubes, fortalece o planejamento e a divulgação de cada ponto de exibição, além de criar meios que potencializam a sustentabilidade, consequentemente, garantem o direito do público de ter acesso aos filmes de maneira regular, livre e aberta".
Além da presença dos realizadores para os debates após as sessões, o Cineclube Cascavel convidou o cantor, compositor e instrumentista goiano José Teles para se apresentar após o debate. Com um estilo passando pelo pop, soul e funk, que se aproxima do norte-americano Paul Simon, José Teles tocará violão junto com o guitarrista Reginaldo Mesquita, ex-integrante da banda Actemia, e Tiago Henrique no baixo, que participou da banda Libertália, junto com José Teles, Milla Tuli, Samuel Peregrino, entre outros. A entrada é franca e haverá sorteio de CDs e venda de bebidas durante o show.

SERVIÇO
Sessões
Data: 17 a 29 de maio
Onde: Cineclubes de Anápolis, Goiânia, Cidade de Goiás e Jataí
Show com José Teles
Data: 25/05/2010, terça-feira
Sessão às 19h30 e show às 21h
CONTATO - Assessoria de Imprensa
Carolina Paraguassú Dayer 62 8119-6369 | Sallisa Vasco 62 8400-2561

PROGRAMAÇÃO DO CIRCUITO CINECLUBISTA DE GOIÁS

RETROSPECTIVA MOSTRA ABD CINE GOIÁS
ATENÇÃO: PROGRAMAÇÃO ÚNICA PARA TODAS AS SESSÕES DO CIRCUITO COM OS SEGUINTES FILMES:

Rapsódia do Absurdo | Direção: Cláudia Nunes, Doc., GO, 2006, 16 min
Sinopse: Documentário poético sobre reforma agrária e urbana com cenas de arquivo de dois marcantes episódios de luta pela terra: Fazenda Santa Luzia e Parque Oeste Industrial, cuja dimensão os torna universais do conflito entre a propriedade privada e os pobres do mundo.
Prêmios na V Mostra ABD Cine Goiás (2007): Melhor Curta-Metragem; Melhor Montagem/Edição; Melhor Trilha Sonora. O filme também levou o prêmio de Melhor Produção Goiana no mesmo ano no IX Fica.

Ecléticos Corações | Direção: Simone Caetano, Fic., GO, 2007, 22 min
Sinopse: Ecléticos Corações é uma referência à inexorabilidade do tempo e suas transformações. Um reencontro marcado por seis amigos há 23 anos.
Prêmios na VI Mostra ABD Cine Goiás (2008): Melhor Ficção.

Cattum | Direção: Paulo Miranda, Ani., GO, 2008, 10 min
Sinopse: Sete vidas em dez minutos. Conta a história de um gato que, perdido nas ruas de uma capital, se vê diante de vários apuros aos quais ele nunca imaginaria fazer parte.
Prêmios na VII Mostra ABD Cine Goiás (2009): Melhor animação; Melhor filme ambiental.

Descrição da Ilha da Saudade ou Baudelaire e os Teus Cabelos | Direção: Alyne Fratari, Fic., GO, 2009, 20 min
Sinopse: Beleza, fada de olhos verdes suaves, vens do céu ou do inferno?
Prêmios na VII Mostra ABD Cine Goiás (2009): Melhor Ficção; Melhor Curta Metragem; Melhor Diretor de Fotografia: Naji Sidki; Melhor Montador/Editor: Isaac Orcino.
CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS

LOCAIS DE EXIBIÇÃO

17 A 20 DE MAIO – CINECLUBE XÍCARA DA SILVA (ANÁPOLIS)
19h - Sesc Jundiaí - Av. Santos Dummont s/ nº, Anápolis
ENTRADA FRANCA

DIA 25 DE MAIO – CINECLUBE CASCAVEL (GOIÂNIA)
Terça-feira, 19h30 - Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia
Após a sessão, SHOW com o cantor JOSÉ TELES
ENTRADA FRANCA

DIA 27 DE MAIO – CINE VILA (CIDADE DE GOIÁS)
Quinta-feira, 19h - Espaço Cultural Vila Esperança, Rua Pe. Felipe Leddet – Cidade de Goiás
ENTRADA FRANCA

DIA 29 DE MAIO - CINECLUBE NELSON PEREIRA DOS SANTOS (JATAÍ)
Sábado, 20h - Centro Cultural Basileu Toledo França, Avenida Goiás, 1433, Centro, Jataí
ENTRADA FRANCA

domingo, 16 de maio de 2010

Sessão - Terça-Feira dia 18 de maio - Aboio, de Marília Rocha

SERTÃO VIRA CINEMA

ENTRADA FRANCA

Terça-Feira, 18 de maio de 2010, às 19h30

Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia

O Cineclube Cascavel da ABD-GO apresenta na próxima terça-feira, dia 18 de maio às 19h30, o documentário Aboio, da diretora goiana radicada em Belo Horizonte, Marília Rocha. A sessão procura aproximar o público da tradição e poesia sertaneja, lugar de fronteira permanente entre o moderno e o arcaico que apresenta-se não apenas em Minas Gerais, mas, também em Goiás e várias outras localidades no Brasil.

Aboio, documentário premiado de Marília Rocha, será exibido no Cineclube Cascavel

A restauração poética de um costume tão antigo é o que apresenta o documentário Aboio, termo que define o canto com o qual os vaqueiros se comunicam com o gado. Orgulhosos vaqueiros de Minas Gerais a Pernambuco contam e demonstram o que é esse cantar, falam de sua vida sertaneja, dos animais, da lida.

Definido como um canto que serve de guia para as boiadas ao longo do sertão, o aboio é mostrado no filme também como uma possibilidade de rememoração e perpetuação da História. As narrações dos vaqueiros entrevistados por Marília Rocha ganham contornos míticos na forma como ela as expõe na tela. Não há apenas simplesmente o rosto e a voz do interlocutor. As palavras, na verdade, servem de gatilho para a plasticidade das imagens e dos sons, que ganham contornos tão ou mais importantes em relação às sentenças proferidas por aqueles homens. Nisso, o trabalho de edição sonora da dupla mineira O Grivo e a montagem de Clarissa Campolina harmonizam de forma certeira a ideia de uma experiência compartilhada que permeia todo o filme.

Aboio já seria um documentário notável e diferenciado só por tais elementos, mas Marília Rocha vai além. Ela insere em todo o filme imagens captadas com película super-8 (a cargo do videomaker Leandro HBL). A princípio, sente-se um estranhamento: são imagens de arquivo? Ou trabalhadas para se assemelharem a tais? À medida que a viagem se desenvolve, sentimos que aquelas filmagens parecem acoplar o passado ao presente. Sendo elas realizadas durante as andanças da diretora — recebendo, porém, aquele tratamento “envelhecido” —, a impressão é de estarmos assistindo ao presente travestido de passado. Ou vice-versa: um passado que invade o tempo presente.

Faz todo o sentido, dentro da proposta da realizadora em Aboio. Se o cântico que nomeia o filme vem de eras longínquas, de “tempos imemoriais” (como um dos entrevistados faz questão de frisar), então o que se assiste hoje também seria passível de se assistir ontem e poderá servir para o amanhã. Respeitando a força da tradição do aboio e todos aqueles que vivem por sua continuidade, Marília Rocha faz um atestado atemporal sobre a passagem do tempo. *Texto retirado da divulgação da Programadora Brasil com adaptações.

Marília Rocha, diretora de Aboio. Foto de Mário Miranda.

Prêmios: Melhor longa-metragem brasileiro – 10º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.

Melhor trilha sonora e edição de som 9º CinePE.

Menção honrosa do júri FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental.

Melhor realização - 10o Mostra Internacional do Filme Etnográfico RJ.

PROGRAMAÇÃO

DIA 18/05 – SERTÃO VIRA CINEMA

Terça 19h30

Aboio | Marília Rocha, Doc., MG, 2005, 71 min

No interior do Brasil, adentrando as extensões semi-áridas da caatinga, há homens que ainda hoje conservam hábitos arcaicos, como o costume de tanger o gado por meio de um canto de nome aboio. O filme aborda a música, a vida, o tempo e a poesia dos vaqueiros do sertão.

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ENTRADA FRANCA

Segunda-Feira, 18 de maio de 2010, às 19h30

Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia

Debate com o público após a sessão

Realização - ABD-GO

Parceria - CARAVÍDEO

Apoio - ABD Nacional, Conselho Nacional de Cineclubes, Sebrae-GO, Cine Mais Cultura, Secretaria do Audiovisual/MinC

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