segunda-feira, 16 de março de 2009

ANIVERSÁRIO 70 ANOS DE GLAUBER NO CINE CASCAVEL DA ABD-GO

Se vivo estivesse, Glauber Rocha completaria 70 anos no dia 14 de março de 2009. Para comemorar a importante data, o Cineclube da ABD-GO, Cine Cascavel, presta no próximo dia 17 uma homenagem ao cineasta baiano que mais amou o seu país e o seu povo.

A sessão Glauber Rocha - Aniversário de 70 anos de vida, promovida pelo Cine + Cultura da ABD-GO, na próxima terça-feira, dia 17, a partir das 20 horas no Centro Cultural Cara Vídeo (rua 83 nº 361, no Setor Sul, em Goiânia), exibe: “Memória de Deus e do Diabo em Monte Santo e Cocorobó”, de Agnaldo Siri Azevedo; “Glauber é Rocha”, de Ângelo Lima; “Abry”, de Joel Pizzini e Paloma Rocha, e “A Degola Fatal”, de Clóvis Molinari Junior e Ricardo Favilla. Em seguida haverá debate.

Com o intuito de criar o hábito cineclubista, o Cine + Cultura da ABD-GO realiza sessões gratuitas toda terça-feira, às 20 horas, no Centro Cultural da CARAVÍDEO. Visite também o site http://circuitocentroeste.ning.com/ para acompanhar as atividades desta ação.

O Cine + Cultura da ABD-GO conta com a parceria da CARA VÍDEO, do Sebrae-GO e apoio do Conselho Nacional de Cineclubes (CNC), da ABD Nacional e do Ministério da Cultura – Secretaria do Audiovisual.

Foto: Ronaldo Theobald


PROGRAMA – GLAUBER ROCHA – Aniversário de 70 anos de vida (CLASSIFICAÇÃO: 12 ANOS)


“Mais de 25 anos depois de sua morte, o nome de Glauber Rocha continua uma referência central no debate sobre o cinema e a cultura nacionais. Ainda que o novo cinema brasileiro, o chamado cinema da retomada, tenha convertido o legado glauberiano em uma espécie de contra-exemplo, renegando-lhe os excessos e mesmo a modernidade, o fantasma de Glauber continua a assombrar até mesmo aqueles que, de sua geração, sobreviveram. Numa época em que o cinema nacional parece ter abdicado da missão de pensar e fabular o país, contentando-se em refletir-lhe a realidade pela superfície, a figura de Glauber não deixa de encarnar um ideal perdido da nossa arte.” Tiago Mata Machado, para a Programadora Brasil.

Sempre controvertido, escreveu e pensou cinema. Queria uma arte engajada ao pensamento e pregava uma nova estética, uma revisão crítica da realidade. Considerado o mais amado e odiado cineasta brasileiro, era visto pela ditadura militar, que se instalou no país em 1964, como um elemento subversivo. Ao longo de sua carreira, fez 11 longas e seis curtas, tendo a luta pela liberdade como tema recorrente. Liderou o movimento do Cinema Novo, que buscava quebrar radicalmente com o estilo cinematográfico norte-americano, notadamente a narrativa clássica hollywoodiana.

Os filmes presentes nesta sessão compõem um retrato fragmentar e polifônico de Glauber, sem pretender esgotar ou explicar a complexidade do cineasta. A sessão é apresentada na ocasião dos 70 anos do nascimento de Glauber Rocha que se completam no dia 14/03/2009. Indiscutivelmente, 70 anos de vida.


- Glauber é Rocha | Ângelo Lima, GO, 2008, Exp, 13’

Um poema kinematografico sobre o genial Glauber Rocha, Glauber é kinema, Glauber ta vivo, viva Glauber.


- Memória de Deus e do Diabo em Monte Santo e Cocorobó | Agnaldo Siri Azevedo , BA, 1984, Doc, Cor, 35mm, 11’

Evocação dos caminhos percorridos por Glauber Rocha em Monte Santo e Cocorobó, Serra de Canudos, Bahia, quando filmava Deus e o Diabo na Terra do Sol. Paralelismo entre vigor e o rigor místico dos propósitos de Antônio Conselheiro e do cineasta, dirigidos pela ânsia de despertar a consciência dos homens e promover a liberdade.


- A Degola Fatal | Clóvis Molinari Junior e Ricardo Favilla, RJ, 2004, Doc, Cor, 35mm, 13’

Documentário que resgata imagens inéditas feitas originariamente em super 8 em 22 de agosto de 1981 e que mostram o funeral do cineasta Glauber Rocha narrado por ele mesmo.


- Abry | Joel Pizzini e Paloma Rocha , SP, 2003, Doc, Cor, Vídeo, 30’
Divulgação

Lúcia Rocha, mãe de Glauber, no curta "Abry"

Aos 84 anos de idade, Lúcia Rocha interna-se num hospital em São Paulo para fazer exames no coração. Ao receber a notícia sobre o risco que corria sua vida, Lúcia lacônica, diz ao médico - então abre! É a segunda vez que ela submete-se a uma cirurgia de pontes de safena. A partir deste gesto, nasce o documentário Abry (com y, signo do inconsciente, de acordo com a nomenclatura inventada pelo filho Glauber Rocha). Para relatar suas memórias, ela convida o cineasta Joel Pizzini que oferece sua mini-câmera com instrumento amplificador do imaginário de Lúcia. Abry é um mergulho poético no universo fabulador de Lúcia Rocha, reconstruindo sua trajetória no cinema brasileiro através de sons imagens e personagens com quem conviveu de perto.


Serviço

Sessão Cineclube Cine Cascavel filme Macunaíma com debate

Data: 17 de março de 2009

Horário: 20h

Local: CENTRO CULTURAL CARAVÍDEO - Rua 83, 361, Setor Sul - Goiânia-GO

Site: http://circuitocentroeste.ning.com/

ENTRADA FRANCA

CLASSIFICAÇÃO: 12 ANOS


Debate


Ângelo Lima – Cineclubista desde 1965 e foi um dos fundadores do CCC (Centro de Cultura Cineclubista), o primeiro cineclube de Goiânia, ao lado de Geraldo Moraes, Pedro Caldino, Eduardo Benfica, entre outros. Angelo Lima é um dos mais atuantes cineastas no Estado de Goiás, e dos maiores expoentes do cinema goiano, com vários filmes premiados em festivais diversos.

Pedro Novaes – Realizador do audiovisual goiano, atua como diretor e produtor e é sócio da Sertão Filmes.

Beto Leão (Mediador) – Jornalista e presidente da ABD-GO. Especialista em Cinema pela UnB (1985) e graduado em Comunicação Social – Jornalismo pela UFG (1982). Cineclubista, diretor e roteirista de Cinema, tendo realizado seis obras cinematográficas. Escritor, tendo publicado, entre outras obras, a “Enciclopédia do Cinema Brasileiro” (Ed. Senac, São Paulo, 2000).


Fonte: Associação Brasileira de Documentaristas - Seção Goiás (ABD-GO)

Nenhum comentário:

Postar um comentário