sábado, 27 de novembro de 2010

Clube do Professor em parceria com o Cineclube Cascavel realiza próxima sessão - Terça dia 30 de Novembro - O Chamado do Madeira, de Andréa Rossi | 20h | ENTRADA FRANCA

Clube do Professor e Cineclube Cascavel apresentam


MEIO AMBIENTE EM DEBATE


ENTRADA FRANCA
Terça-Feira, 30 de novembro de 2010, às 20h
Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia

O Clube do Professor, em parceria com a Cara Vídeo e o Cineclube Cascavel, apresenta na próxima terça-feira, dia 30 de novembro às 20h, os filmes A História da Água Engarrafada, de Annie Leonard, e O Chamado do Madeira, de Andréa Rossi.
O Clube do Professor em Goiânia é uma iniciativa que promove oficinas e palestras gratuitas para os profissionais da educação e de outras áreas no intuito de discutir metodologias e estratégias pedagógicas de uso do audiovisual na educação. Desde 2006 o Clube do Professor faz reuniões mensais e realiza diversas atividades em parceria com as redes educacionais pública e particular.
O vídeo A História da Água Engarrafada é o mais recente da série A História das Coisas, e foi lançado no dia mundial da água. O curta, de 8 minutos, mostra como o consumo de água engarrafada é prejudicial ao planeta e até mesmo à própria saúde das pessoas. Toda a série é apresentada pela ativista Annie Leonard.



O documentário "O Chamado do Madeira" procura mostrar o conjunto de interesses, nacionais e internacionais, que se articulam em defesa do Projeto Hidrelétrico e Hidroviário do Complexo Madeira e os processos de resistência construídos por movimentos do Brasil, Bolívia e Peru.
O filme expõe os possíveis impactos no meio ambiente, nas comunidades e nas cidades e na área de abrangência do rio Madeira. Busca tornar público os métodos de cooptação e manipulação por parte dos empreendedores privados e de seus aliados na esfera estatal para a construção da hidrelétrica. Ao mesmo tempo, coloca em cena a resistência desencadeada pelas populações ribeirinhas, pelo Fórum Independente popular, pelo Movimento dos Atingidos por Barragens, pela Via Campesina em conjunto com os movimentos da Bolívia e Peru e de outras organizações.

PROGRAMAÇÃO
DIA 30/11 – SESSÃO EM PARCERIA COM O CLUBE DO PROFESSOR – MEIO AMBIENTE EM DEBATE
Terça-Feira 20h
A História da Água Engarrafada | Annie Leonard, Doc., EUA, 2010, 8 min.
O vídeo, com duração de oito minutos, questiona a falta de consciência ecológica dos cidadãos que compram garrafas de água enquanto poderiam beber água tratada. Annie também apresenta o dano que essa prática causa ao planeta, como o aumento da poluição e o mal uso de dinheiro.


O Chamado do Madeira | Andréa Rossi, Doc., 2008, 52 min.
O Chamado do Madeira", pretende mostrar o conjunto de interesses,nacionais e internacionais, que se articulam em defesa do Projeto Hidrelétrico e Hidroviário do Complexo Madeira e os processos de resistência construídos por movimentos do Brasil, Bolívia e Peru.

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ENTRADA FRANCA
Terça-feira, 30 de novembro de 2010, às 20h
Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia
Debate com o público após a sessão

Realização – Clube do Professor e Cineclube Cascavel
Parceria – CARAVÍDEO e ABD-GO
Apoio - ABD Nacional, Conselho Nacional de Cineclubes, Cine Mais Cultura, Secretaria do Audiovisual/MinC
Siga no twitter: @cinecascavel

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

TERRA DEU, TERRA COME - Circuito Cineclubista Nacional de Estreia no mês da Consciência Negra | Terça-Feira, dia 23 Novembro | 20h | ENTRADA FRANCA

TERRA DEU, TERRA COME


ENTRADA FRANCA
Terça-Feira, 23 de novembro de 2010, às 20h
Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia

Terra Deu, Terra Come chega a Goiânia no mês da Consciência Negra.

Cineclube Cascavel da ABD-GO exibe nesta terça-feira, dia 23 de novembro, às 20h, o premiado documentário Terra Deu, Terra Come, de Rodrigo Siqueira. Após a sessão haverá debate com o público presente.
As exibições do filme em todo o Brasil compõem a primeira experiência de lançamento simultâneo no Brasil em circuito comercial de salas de cinema e em circuito de exibição não-comercial, composto por cineclubes em todos os Estado do país.
Segundo dados da produtora do filme, a 7Estrelo Filmes, foram distribuídas 800 cópias e as sessões deram início em outubro. Até o momento 6.412 espectadores já assistiram o documentário Terra Deu, Terra Come em 100 cineclubes, com 130 sessões. O compromisso da produtora 7Estrelo Filmes e da distribuidora VideoFilmes é fazer com que o filme chegue a quem deve chegar, que é o público brasileiro. Seja em um cinema na região da avenida Paulista, da zona sul do Rio de Janeiro, seja em um cineclube no interior do Acre, no sertão mineiro ou no pantanal.
Em Goiás, já foram realizadas sessões na cidade de Jataí no Cineclube Nelson Pereira dos Santos, e ainda era inédito em Goiânia. O Cineclube Cascavel realizará a primeira sessão pública, e gratuita, com o filme na capital.

O Filme
Pedro de Almeida, garimpeiro de 81 anos de idade, comanda como mestre de cerimônias o velório, o cortejo fúnebre e o enterro de João Batista, que morreu com 120 anos. O ritual sucede-se no quilombo Quartel do Indaiá, distrito de Diamantina, Minas Gerais. Com uma canequinha esmaltada, ele joga as últimas gotas de cachaça sobre o cadáver já assentado na cova: “O que você queria taí! Nós não bebeu ela não, a sua taí. Vai e não volta pra me atentar por causa disso não. Faz sua viagem em paz”.
Documentário "Terra Deu, Terra Come" vencedor do prêmio de Melhor Documentário Brasileiro no Festival É tudo Verdade 2010 será exibido terça-feira, dia 23, no Cineclube Cascavel em Goiânia

Dessa maneira acaba o sepultamento de João Batista, após 17 horas de velório, choro, riso, farra, reza, silêncios, tristeza. No cortejo, muita cantoria com os versos dos vissungos, tradição herdada da áfrica. Descendente de escravos que trabalhavam na extração de diamantes, nas Minas Gerais do tempo do Brasil Império, Pedro é um dos últimos conhecedores dos vissungos, as cantigas em dialeto banguela cantadas durante os rituais fúnebres da região, que eram muito comuns nos séculos 18 e 19.
Garimpeiro de muita sorte, Pedro já encontrou diamantes de tesouros enterrados pelos antigos escravos, na região de Diamantina. Mas, o primeiro diamante que encontrou, há 70 anos, o tio com quem trabalhava o enterrou e morreu sem dizer onde. Depois disso, vive sempre em uma sinuca: para reencontrar o diamante só se invocar a alma de seu tio João dos Santos. “É um diamante e tanto, você precisa ver que botão de mágoa.” Ao conduzir o funeral de João Batista, Pedro desfia histórias carregadas de poesia e significados metafísicos, que nos põem em dúvida o tempo inteiro: João Batista tinha pacto com o Diabo?; O Diabo existe?; estamos sozinhos, ou as almas também estão entre nós?; como Deus inventou a Morte?
A atuação de Pedro e seus familiares frente à câmera nos provoca pela sua dramaturgia espontânea, uma auto-mise-en-scène instigante. No filme, não se sabe o que é fato e o que é representação, o que é verdade e o que é um conto, documentário ou ficção, o que é cinema e o que é vida, o que é africano e o que é mineiro, brasileiro. 
TERRA DEU TERRA COME foi vencedor do prêmio de Melhor Documentário Brasileiro no É Tudo Verdade 2010 - 15º Festival Internacional de Documentários, realizado em São Paulo. O filme também ganhou o prêmio de Melhor Filme de Longa-Metragem na Mostra Panorâmica do 38º Festival de Cinema de Gramado – 2010, o mais importante festival de cinema do Brasil. Terra Deu, Terra Come segue carreira internacional selecionado para o Leipzig Festival for Documentary and Animated Film - DOK Leipzig, que será realizado entre 18 e 24 de outubro. O festival, que acontece na cidade alemã Leipzig, é um dos mais importantes da Europa que se dedicam ao cinema documental.
            Abaixo alguns comentários de importantes documentaristas brasileiros sobre Terra Deu, Terra Come:
"Terra Deu, Terra Come é extraordinário" Eduardo Coutinho
"Terra Deu, Terra Come é uma trapaça maravilhosa" João Moreira Salles
"Terra Deu, Terra Come elabora linguagem sofisticada, estabelecendo um novo patamar para o cinema que procura desvendar os mistérios do mundo" Eduardo Escorel

Sinopse, prêmios e comentários retirados do site do filme: http://terradeuterracome.com.br/

PROGRAMAÇÃO
DIA 23/11 – TERRA DEU, TERRA COME
Circuito Cineclubista Nacional de Estreia no mês da Consciência Negra
Terça-Feira 20h
Terra Deu, Terra Come | Rodrigo Siqueira, Doc., MG/SP, Brasil, 2010, 89 min.
Terra deu, Terra Come” narra a história de Pedro de Almeida, garimpeiro de 81 anos de idade, que comanda como mestre de cerimônias o velório, o cortejo fúnebre e o enterro de João Batista, morto aos 120 anos. O ritual sucede-se no quilombo Quartel do Indaiá, distrito de Diamantina, Minas Gerais. Ao conduzir o funeral de João Batista, Pedro desfia histórias carregadas de poesia e significados metafísicos, que nos põem em dúvida o tempo inteiro. A atuação de Pedro e seus familiares frente à câmera nos provoca pela sua dramaturgia espontânea, uma auto “mise-en-scène” instigante.
Pedro de Almeida, personagem de "Terra Deu, Terra Come". Documentário é lançado em circuito comercial e não-comercial em todo o Brasil


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ENTRADA FRANCA
Terça-Feira, 23 de novembro de 2010, às 20h
Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia
Debate com o público após a sessão

Realização - ABD-GO
Parceria - CARAVÍDEO
Apoio - ABD Nacional, Conselho Nacional de Cineclubes, Cine Mais Cultura, Secretaria do Audiovisual/MinC
Siga no twitter: @cinecascavel

domingo, 14 de novembro de 2010

Sessão próxima terça, dia 16 de Novembro - O SEMEADOR DE LIVROS | 20h | ENTRADA FRANCA

O SEMEADOR DE LIVROS



ENTRADA FRANCA
Terça-Feira, 16 de novembro de 2010, às 20h
Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia


Nesta terça-feira, dia 16 de novembro de 2010, às 20h, o Cineclube Cascavel exibirá O Semeador de Livros, de Wagner Bezerra. Após a exibição, haverá debate com o diretor do filme.
Narrado em 1ª pessoa, o documentário mostra os caminhos percorridos pelo editor, que, ainda muito jovem, deixa a então pequena cidade de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, em direção ao sul maravilha, embalado pelo sonho de vencer na vida.
O documentário descreve o engajamento do Cortez em causas político-sociais, como a participação na famosa “Revolta dos Marinheiros” que levou a sua cassação e expulsão da Marinha do Brasil. A preocupação com os dilemas da sociedade brasileira que sempre fizeram parte da sua vida, como no episódio em que teve a livraria assaltada e ofereceu livros infantis ao chefe do grupo, proferindo a frase “leva isso pros seus filhos, que assim eles terão uma vida diferente da sua”, o que foi prontamente aceito pelo infeliz sujeito, que deixou o local com os braços cheios de livros.
José Xavier Cortez, personagem de O Semeador de Livros, documentário que será exibido terça-feira dia 16 no Cineclube Cascavel
O filme revela, ainda, as dificuldades típicas dos humildes migrantes que saem da região norte-nordeste, se instalam em São Paulo e batalham para conseguir o primeiro emprego, o que, no caso de Cortez, aconteceu em um estacionamento como lavador de carros e depois manobrista. Descortina também o modo generoso como a paulicéia abre os braços para seus filhos adotivos, mostrando as proezas do jovem livreiro nos anos 70, quando fazia de tudo para conseguir atender os pedidos de professores e estudantes interessados em adquirir livros censurados pelo regime militar. 

PROGRAMAÇÃO
DIA 16/11 – O SEMEADOR DE LIVROS
Debate com o diretor Wagner Bezerra
Terça-Feira 20h
O Semeador de Livros | Wagner Bezerra, Doc., Brasil, 2009, 30 min.
José Xavier Cortez, de lavador de carros a livreiro de confiança de estudantes e professores da PUC-SP. A história de um homem que, ao abraçar a vocação de semear livros, acreditou e fez com que outros acreditassem que é possível ser melhor. Um nordestino que atravessou o país e fez dos livros sua lida cotidiana e seu descanso, seu passado e seu presente, seus sonhos e sua realidade, num esforço de provar que o livro é capaz de transformar as pessoas.


José Xavier Cortez, personagem do documentário O Semeador de Livros

Trailer:

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ENTRADA FRANCA
Terça-Feira, 16 de novembro de 2010, às 20h
Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia
Debate com o diretor Wagner Bezerra após a exibição

Realização - ABD-GO
Parceria - CARAVÍDEO
Apoio - ABD Nacional, Conselho Nacional de Cineclubes, Cine Mais Cultura, Secretaria do Audiovisual/MinC
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Cineclube Cascavel
Goiânia - GO
http://cineclubecascavel.blogspot.com/

FILMES SÃO FEITOS PARA SEREM VISTOS!

Cineclubismo: 82 anos democratizando o audiovisual brasileiro!

NÓS SOMOS O PÚBLICO!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

FLYER CONVITE - PRÉ-ESTRÉIA EM GOIÂNIA DE UTOPIA E BARBÁRIE - CINEMA LUMIÈRE QUINTA DIA 11/11

PRÉ-ESTRÉIA EM GOIÂNIA DE UTOPIA E BARBÁRIE E DEBATE COM SÍLVIO TENDLER - DIA 11/11


UTOPIA E BARBÁRIE


Não existirão filmes de guerra enquanto não houver o cheiro no cinema.”
Chris Marker

“Utopia e Barbárie” é o novo documentário em longa-metragem do cineasta Silvio Tendler. Silvio trabalhou durante dezenove anos na elaboração deste filme. Durante estes anos fez uma minuciosa pesquisa; entrevistou filósofos, teatrólogos, cineastas, escritores, jornalistas, militantes, historiadores e economistas e viajou o mundo para entender as questões que mobilizam esses dias tumultuados: a Utopia e a Barbárie.
O filme é um road movie histórico: para reconstruir o mundo a partir da II Guerra Mundial, passa pela Itália, EUA, Brasil, Vietnam, Cuba, Uruguai, Chile, entre outros países. Em cada um desses lugares, documenta os protagonistas da história. Tão importante quanto o tema é o olhar do autor. Este olhar foi se construindo a partir da elaboração do filme.
Por isso, buscou a reconstrução da história de maneira não partidarizada. Ouviu diferentes personagens com abordagens distintas. Juntos compõem um rico painel de nossa época.
O filme é narrado por Letícia Spiller, Chico Diaz e Amir Haddad e a trilha sonora foi especialmente composta pelo grupo Cabruêra, Caíque Botkay,  BNegão e Marcelo Yuka.

Entrevistados:
  • Álvaro Caldas, jornalista.
  • Amira Hass, jornalista e escritora.
  • Amir Haddad, dramaturgo.
  • Amos Gitai, cineasta.
  • Ahlan Abu Alnaj, aluno árabe.
  • André Herich, cineasta.
  • Augusto Boal, dramaturgo.
  • Avital Bem Ishay, professora.
  • Bernardo Kucinski, irmão de Ana Rosa Kucinski.
  • Bruno Muel, cineasta.
  • Cacá Diegues, cineasta.
  • Carlos Chagas, jornalista.
  • Denys Arcand, cineasta canadense.
  • Dilma Rousseff, economista.
  • Eduardo Galeano, escritor e jornalista.
  • Evandro Teixeira,  fotojornalista.
  • Faride Zeran, jornaista chilena.
  • Fernando Solanas, cineasta.
  • Ferreira Gullar, poeta.
  • Francesco Rosi, cineasta.
  • Franklin Martins, jornalista.
  • General Giap, estrategista do exército vietnamita.
  • Gianni Vattimo, filósofo.
  • Gillo Pontecorvo, cineasta.
  • Hugo Arévalo, cineasta chileno.
  • Ivan Izquierdo, biólogo.
  • Jacob Gorender, historiador.
  • Jair Krisker, ativista dos direitos humanos.
  • Jean Chesneaux, historiador.
  • Jean Marc Salmon, professor e escritor.
  • Juliano Mer Khamis, diretor do Freedom Theater.
  • Leonardo Boff, teólogo.
  • Leandro Konder, filósofo.
  • Luis Carlos Maciel, jornalista e escritor.
  • Macarena Gelman, filha de desaparecidos políticos.
  • Marceline Loridan, cineasta.
  • Maria do Carmo, socióloga.
  • Marlene França, cineasta e atriz.
  • Martin Almada, ativista dos direitos humanos.
  • Mauro Santayana, jornalista.
  • Michael Stivelman, sobrevivente do holocausto.
  • Moacyr Félix, poeta e escritor.
  • Mohamed Alatar, cineasta palestino.
  • Muneer Shaban, prisioneiro durante seis anos.
  • Nahum Mandel, um dos fundadores do kibutz Gaash.
  • Naisandy Barret, filha de Soledad Barret e José Maria de Araujo.
  • Ottoni Fernandes Jr., jornalista.
  • Patrícia Bravo, jornalista chilena.
  • René Scherer, ex-ativista do Fhar.
  • Roberto Retamar, escritor.
  • Roger Rodrigues, jornalista uruguaio.
  • Rose Nogueira, jornalista.
  • Samuel Blixen, ex-militante tupamaro.
  • Sérgio Santeiro, cineasta.
  • Shin Pei, documentarista.
  • Shizuo Ozawa, jornalista.
  • Susan Sontag, escritora.
  • Takao Amano, juiz do trabalho.
  • Uri Avnery, líder pacifista israelense.
  • Vu Khoan, vice-primeiro ministro vietnamita.
  • Xuon Phuong, marchand.
  • Yael Lerer, tradutora de livros árabes.
  • Zacharia Zubeidi, líder da brigada de mártires de Al-Aqsa
  • Zé Celso Martinez, diretor, autor e ator teatral.

"Utopia e barbárie" é uma revisão nos eventos políticos e econômicos que elevaram ao extremo, ao risco e até à desaparição dos sonhos de igualdade, de justiça e de harmonia. Sonhos que balizaram o século XX e inauguram o século XXI.
Nas telas, o documentarista Silvio Tendler trafega por alguns dos episódios mais polêmicos dos últimos séculos. O diretor passa em revista a Revolução de Outubro, o Holocausto, a queda do Muro de Berlim e a explosão do neoliberalismo mais canibal que a História já conheceu. 
Silvio Tendler é o documentarista com as maiores bilheterias de cinema documentário e detentor de vários prêmios. Com “O Mundo Mágico dos Trapalhões” fez um milhão e oitocentos mil espectadores, com “Jango”, um milhão de espectadores, “Os Anos JK” atingiu oitocentos mil pagantes e seu último longa-metragem, “Encontro com Milton Santos” ficou entre os dez documentários mais vistos do ano de 2007. Seu filme sobre o cineasta Glauber Rocha, “Glauber o filme, Labirinto do Brasil”, foi selecionado para a mostra oficial do Festival de Cannes. Tem, dentre vários outros prêmios, quatro Margaridas de Prata (prêmio dado pela CNBB), seis kikitos (prêmio concedido pelo Festival de Gramado) e dois Candangos (Festival de Brasília).            

Impressões sobre o filme:
CONFESSO QUE VI E OUVI
POR FERNANDO BELENS
O judeu tem o deserto, o povo de santo tem o resguardo, o cristão tem o pecado, e a imagem na retina está invertida.
Eu estava no Paraná, no Festival de Cinema, em que aconteceu um momento que talvez não se repita jamais, o momento-tempo mágico, entre a exibição do filme “Utopia e Barbárie” e a premiação de Silvio Tendler como melhor diretor do Festival. Sim eu estava lá, me perdoem os que não foram.
Havia uma ninfa que preparou o rito: Íttala Havia Eros e um homem sábio: Cláudio. Havia um condutor de locomotivas: Severo e uma mulher que não pára: Rosário. E filmes, muitos filmes e uma tribo de amantes e amigos.
É preciso olhar para o Sul, para a terra das araucárias. Naquele espaço onde São Paulo desiste e o Rio Grande inexiste, se constrói algo profundamente delicado, como uma Faca N’água, como um Corisco no céu diurno.
O FESTIVAL DE CINEMA DO PARANÁ PREMIA COM O MAIOR VALOR (vírgula),  O DIRETOR (ponto).
Eu sabia, acho que  quase todos sabiam, que o premio era antes de mil anos atrás, de Silvio. Não por acordos secretos, arranjos ou falcatruas. Sabíamos, com o mesmo instinto que leva o cão a saber nadar, muito antes de conhecer a água. Sabíamos como sabemos que estamos apaixonados, mesmo que a outra ou outro ainda não saiba. Sabíamos que poderia e deveria acontecer o ponto mais alto de uma proposta tão especial, - A VALORIZAÇÃO DO AUTOR-. Aquele era o Festival onde o Filho de Xangô deveria vencer; vencer por ter moldado com ferro, fogo e desejo, um filme-painel que jamais será esquecido.
SILVIO VENCEU POR TODOS NÓS: SÍSIFOS-DIRETORES, que carregam até à mais alta montanha nossas latas de imagens, para na manhã seguinte vê-las de novo no sopé.
Silvio é nosso Pajé, corpo de ancião e o olhar de criança, ele sabe que não se ganha sozinho esse jogo duro, de enfrentar o dragão e fazer prevalecer a delicadeza.
Era necessário que também lá estivesse um francês que até tentou falar em portunhol, uma jovem que lia nas cartas e o sabor de todas as cores.
SILVIO TENDLER LEVOU DEZENOVE ANOS PARA REALIZAR  “UTOPIA E BARBÁRIE”.
Quando eu ouvi que Silvio ia partir antes da sessão de premiação, quase que entrei em pânico e perguntei: Mas quem vai receber o prêmio que todos sabemos, o único que todos sabemos? Ele riu e voltou. Ele também sabia, precisava completar sua estupenda bruxaria, disfarçada de tecnologia. Precisava fechar o anel aberto no primeiro dia e que iluminou todo o festival, pairando sobre Curitiba com a força de um ancestral. (perdoe-me a rima pobre, mas às vezes a métrica não pode).
Nunca saberemos a totalidade dos signos que formam o corpo de “Utopia e Barbárie”, o filme é um grande camaleão que a cada aproximação muda de cor e revela o que não havíamos visto antes e antes, ele é como um grande  painel, tão grande que de longe só podemos ver o conjunto e perto somente os detalhes; é um filme para várias visitas.
Declaro minha incompetência para naquela sessão, apreender muita coisa além do êxtase: Estava com a mente iluminada e o coração em frangalhos, com algo muito maior, que era Íttala, Silvio, o Prêmio, todas as premonições e um leve bater de asas de borboleta.
Eu vi e vivi aquele momento perfeito, que talvez não volte jamais. Por isso, falamos e pensamos tanto: “Glauber, Navarro, Pasolini, Furtado, Santiago, Zapata, Felini, Mia, Amado, Guido, Chiquinho, Meteorango, Montenegro, Leon, João, Luciano, Misael, Dina, Minotauro, Lacerda, Brando, Pedro, Ruy e outros tantos, tantos...”
             É PRECISO DESAPARELHAR O OLHAR E VER O QUE ACONTECE LÁ NAS TERRAS DO RIO PARANÁ.
Belens
pobre poesia e pura emoção
                                                     (Ação!) bahia, 12.10.09

Por Risomar Fasanaro

Aplaudido de pé por mais de cinco minutos, o cineasta Silvio Tendler estava ali, diante de um auditório lotado no Espaço Unibanco, recebendo a resposta do público ao seu trabalho Utopia & Barbárie, seu filme mais recente, na 33ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
O filme dedicado a algumas pessoas, mas especialmente a Ernesto, filho de sua filha Ana Rosa, recebeu o prêmio Araucária de Ouro de melhor edição e de melhor filme na 4ª edição do Festival Brasileiro Latino de Cinema do Paraná.
Os olhos de menino de Silvio brilhavam mais naquela noite e a emoção lhe embarga um pouco a voz ao responder às perguntas do público. Um público que por duas horas assistiu ao seu filme no mais absoluto silêncio, cortado algumas vezes por um ou outro soluço contido, ou por risos. Quando cheguei, o vi de longe, sentado tranquilamente com dois amigos na lanchonete do Espaço Unibanco. Temi me aproximar e interromper a conversa. Logo depois alguns fãs e amigos se aproximam. Alguém pergunta se ele está nervoso, e ele confirma. Como se não fosse um veterano premiado tantas vezes. Assim é Silvio Tendler. Não assume nunca a pose de Estrela. Pelo contrário, é de uma doçura que o torna irresistível; atende a todos com a maior atenção. Tem uma palavra de carinho para cada um, e ali, naquele Espaço, constatamos o quanto é amado e respeitado pelos amantes de cinema. Depois, na sala escura realizo uma viagem no tempo. Alguém gira a manivela de uma caixinha de música e dela extrai os primeiros acordes de “A Internacional”. São mãos de quem trabalha, de quem tem uma historia. As imagens de um coração que estremece no compasso da barbárie e suspira no ritmo da utopia invadem a tela. É o coração apaixonado de Silvio Tendler a bater 24 vezes por segundo. E são essas imagens fortes que nos introduzem para o que é Utopia & Barbárie: um registro dos principais acontecimentos do século XX pinçados com a sensibilidade deste que é um dos nossos maiores cineastas. Este homem com sorriso e olhos de menino tenta acertar os ponteiros de um relógio implacável a marcar o caminho do homem sobre a terra. E ao mesmo tempo que nos horroriza com as barbáries, nos seduz com as utopias. Utopia e Barbárie, Utopia e Barbárie, utopia e Barb... Sonho e realidade se intercalam em um mundo esfacelado por guerras, destruição, escombros, mas onde os sonhos rompem fronteiras, emergem e se instalam na alma da gente. Em alguns momentos nossa visão se tolda com o acúmulo de tragédias: queda de Allende, a voz carrega emoção de um homem do povo no enterro de Neruda, declamando um de seus poemas. O peito se fecha com a visão de uma América Latina que sangra em descompasso com as imagens. Os sonhos morrem com a tragédia do Araguaia, mas renascem com a festa no enterro de Pinochet e o movimento pelas Diretas Já. O peito se oprime com a queda do Muro de Berlim, com a tragédia das torres gêmeas, mas a alegria volta com a eleição de um índio, de um operário, de um negro. Utopias? Utopia e Barbárie construído ao longo de 19 anos nos lembra a lição dos rios que pacientemente transforma pedras brutas em seixos. As palavras de Eduardo Galeano nos soam como um chamado à luta por um mundo de paz. A esperança rasga o cenário, rompe os muros e a alma da gente entra em festa, volta a acreditar. O coração volta a bater ao som dos últimos acordes da Internacional e saímos do cinema ainda com as palavras do roteiro de Silvio que nos propõe a certeza de que é impossível viver sem utopias. Que é a esperança que nos move a cada manhã. Que é ela que nos leva a crer que haverá um dia em que todas as fronteiras serão derrubadas, e os mares unirão os continentes, em vez de separá-los. É a espera deste dia que nos move a cada manhã.


DIA 11/11 – LANÇAMENTO DO DOCUMENTÁRIO UTOPIA E BARBÁRIE DE SÍLVIO TENDLER
Debate com o Diretor Sílvio Tendler e o Prof. Dr. Rafael Saddi. Mediação de Lisandro Nogueira
Quinta-Feira, 20h
Utopia e Barbárie | Sílvio Tendler, Doc., Brasil, 2010, 120 min.
ENTRADA FRANCA
Classificação: Livre
Endereço: Cinema Lumiére, Shopping Bougainville, Rua 9, n. 1855, st. Marista, Goiânia 

www.utopiaebarbarie.com.br