Hoje, terça-feira dia 27 de julho, não haverá sessão devido a planejamento de atividades para o próximo semestre.
Nas próximas semanas enviaremos a programação e divulgação das sessões normalmente. Informamos, também, que a Mostra A Ilusão Paga Passagem continuará nas próximas sessões.
E para quem quer assistir a filmes diferenciados mesmo sem a sessão do Cascavel, uma boa opção nesta terça-feira é a Mostra dos Premiados do Fica no Cine Cultura, na praça Cívica:
Mostra dos filmes vencedores do XII FICA
Até 29 de julho, o Cine Cultura vai exibir os filmes premiados no XII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), realizado de 8 a 13 de junho, na Cidade de Goiás. As obras terão sessões de segunda a sexta, às 18h30, e sábados e domingos, às 17 horas, com entrada franca.
Dia 27/07 (Terça-feira)
Sonho de Humanidade - Troféu José Petrillo – Primeira melhor produção goiana R$ 40 mil - Documentário, 14 minutos, Brasil – Goiás/2010 - Direção: Amarildo Pessoa.
Vida Seca - Troféu João Bennio – Segunda melhor produção goiana R$ 40 mil - Documentário, 12 min. 36 seg., Brasil-Goiás/2009. Direção: Diego Mendonça.
Na próxima terça-feira dia 20, a partir das 19h30, o Cineclube Cascavel da ABD-GO continua a Mostra A Ilusão Paga Passagem, com a exibição do curta Ato em São Paulo, do Movimento do Passe Livre de São Paulo, e do longa Em Trânsito, de Henry Arraes Gervasau. Após a exibição, será realizado debate com o público presente.
Em Trânsito, documentário de Henry Arraes Gervasau
A Mostra A Ilusão Paga Passagem é uma das mostras disponibilizadas pelo Festival Latino Americano de La Clase Obrera – Felco. A mostra enfoca as questões detransporte público e cidade, que no Cineclube Cascavel se realizará em cinco sessões distribuídas nos meses de julho e agosto. Os filmes têm origensdistintas, produzidos por desde coletivos e movimentos sociais, até analistas sociais e antropólogos, passando por órgãos públicos e de mídia. A Mostra apresenta uma importante investigação de políticas públicas para o setor do transporte: o impacto do transporte para a vida nas cidades, as lutas sociais (as "revoltas dos centavos"), pontuada com breves aulas dedesobediência civil.
O Felco surgiu em 2004 na Argentina como um festival de cinema e vídeo dedicado a difundir e discutir a produção de grupos engajados que haviam ressurgido no país a partir da movimentação política de 2001.
Hoje o festival é organizado permanentemente no Brasil, Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai por meio das atividades que cada grupo realiza em sua cidade. A cada ano há pelo menos uma edição internacional, quando se reúnem pessoas dos distintos países. Organizado no Brasil desde 2006, ano de realização do encontro internacional na cidade de São Paulo, o Felco vem dando vazão à produção audiovisual dos mais diversos setores oprimidos da sociedade através da distribuição de filmes e da realização de mostras.
PROGRAMAÇÃO
Ato em São Paulo | Movimento do Passe Livre, Doc., 9’ Brasil/SP 2009 documentário realização
Em Trânsito | Henry Arraes Gervasau, Brasil, SP, 2005, 90 min
A cidade de São Paulo tem 17 milhões de pessoas que, através dos mais variados meios de transporte, circulam diariamente por 1512 quilômetros quadrados. De casa para o trabalho, e vice-versa, são gastas horas todo dia. Quinze pessoas que enfrentam estecotidiano diariamente dizem como lidam com este tempo de espera.
Cena de Em Trânsito. Documentário mostra situações cotidianas dos habitantes de São Paulo nos caminhos que percorrem diariamente, da periferia rumo à zona nobre da cidade
Serviço
Sessão Cineclube Cascavel – Mostra A Ilusão Paga Passagem – Sessão II - Peregrinações
Data: 20 de julho de 2010
Horário: 19h30
Local: Centro Cultural Cara Vídeo - Rua 83, 361, Setor Sul - Goiânia-GO
ENTRADA FRANCA
CLASSIFICAÇÃO: Não indicada
Fonte: Associação Brasileira de Documentaristas - Seção Goiás (ABD-GO)
Realização - ABD-GO
Parceria - CARAVÍDEO
Apoio - ABD Nacional, Conselho Nacional de Cineclubes, Cine Mais Cultura, Secretaria do Audiovisual/MinC
O que seria da perfeição se ela não fosse moldada pela singularidade de suas imperfeições que, de tão únicas, fazem-na perfeita?
Algumas sessões atrás, noCineclube Cascavel, tive a oportunidade de ver o filme Aboio, deMarília Rocha, que ajudou a fervilhar alguns pensamentos que já pairavam em minha cabeça sobre documentários. Mas, antes de começar, deixo claro que este texto não é uma crítica ao filme, e sim os pensamentos de um espectador.
Os filmes que gosto provocam um turbilhão em mim quando acabam, fico instigado e inspirado, procurando uma forma de digerir aquelas emoções, pois para mim cinema é emoção, é sentimento, imaginação, catarse… Porém, quando se trata de documentário, temos ali um assunto real sendo abordado - mesmo em documentários mais fantasiosos e ensaísticos tem-se a verdade do universo retratado.
Mas em se tratando de um filme, o que é real? Nos primórdios da fotografia a discussão girava em torno dela ser ou não uma forma de arte, sendo motivos pontuais dos que não a consideravam como tal: o retrato da realidade e a reprodutibilidade mecânica. Até que no início do século XX alguém indagou: como a fotografia poderia ser um retrato da realidade se, para início de discussão, ela não retratava cores?
Desde então e até hoje a discussão acerca da realidade nas imagens fotográficas acontece, e não serei eu a dar a palavra final. Martine Joly, autora francesa de livros sobre a análise da imagem, em palestra na Universidade Estadual de Goiás em 2008, concluiu uma conversa dizendo que devido a todos os mecanismos de manipulação de imagem (dos analógicos aos digitais) é impossível se afirmar a veracidade de qualquer delas.
Boris Kossoy em “Realidades e ficções na trama fotográfica”, faz uma abordagem levando em consideração o espectador na construção do sentido da imagem. Ou seja, o sentido da obra depende da bagagem cultural do espectador e o conhecimento dele acerca da realidade retratada, de modo que a imagem pode conter uma realidade para cada espectador. Então a imagem é a realidade ou a representação da realidade?
Ainda que hoje (pasmem) algumas pessoas não aceitem a fotografia como arte, foram os seus “defeitos” em reproduzir a realidade que lhe conferiram esse status, e consequentemente, ela sofreu várias experimentações nas mãos de seus artistas, demonstrando por a+b que são sempre capazes de tocar o âmago, mesmo em tempos de overdose de imagens. E, é claro, nosso amado cinema surgiu da fotografia.
Aboio trabalha de forma muito tocante esses “defeitos” da fotografia, que na verdade são recursos visuais próprios da linguagem, para imprimir uma visão tão singular sobre o assunto abordado, que mesmo se não houvesse a presença da voz dos entrevistadores, seria possível a diferenciação entre quem está observando, e no caso fazendo o filme, e o objeto filmado. A utilização de imagens em super8, que quase sempre associamos a imagens antigas, em uníssono com a tradição do aboio, mais antiga que o próprio cinema, o modo fílmico (no sentido universal, sem gêneros) que o som foi usado, e a poesia que corre solta durante todo o filme me tocaram. Como disse a Marcela Borela ao fim da mesma sessão “a poesia é o trunfo de Marília”.
still frame - aboio
Penso ligeiramente diferente, embora concorde que a poesia se sobressaiu neste trabalho específico, mas acho que o diferencial deMaríliafoi ter feito uma obra de arte independentemente de gênero cinematográfico. E quando digo isso, quero exprimir meu pensamento de que a partir do momento em que se decide por fazê-lo, o assunto abordado fica em segundo plano em relação ao conjunto de elementos que formarão a obra final, um filme. Antes de falar sobre qualquer que seja seu tema, o realizador deve ter em mente os recursos que constituem um filme sem se prender às amarras de cada estilo, fazendo com que ele respire como obra, tenha sua curva dramática, use o som mais corajosamente (muitas pessoas, aparentemente, ainda não perceberam que o som é no mínimo 50% da obra, mesmo ausente) de modo que ele acrescente à composição geral, e ainda desfrutar, quando julgar pertinente, da capacidade do cinema de incorporar qualquer outra forma de arte.
É claro que existem inúmeras situações documentais em que nem áudio e nem imagem são captadas com grande qualidade, mas mesmo assim, quando se está na ilha de edição deve-se organizar o material de forma cinematográfica. Um bom exemplo disso é o filme Burma VJ, que me parece (levianamente falando) um documentário ativista mesclado ao ensaísta. Nesta obra é possível se perceber a organização dos fatos de modo evolutivo. Também gostei desse filme por tratar de uma situação política muito peculiar, e mais ainda por fazer uso de um elemento cinematográfico predominantemente usado em filmes ficcionais: uma virada na trama, a quebra da expectativa. Sem contar uma sequência arrepiate de centenas de milhares de pessoas protestando pacificamente em nome da dignidade, humanidade, paz e liberdade. Merece até um friso essa emoção.
O pensamento que tento transmitir aqui é que não basta que o tema seja interessante, alguém que faz um documentário não pode se furtar a dá-lo a atmosfera artística que ele merece e que justifica o rótulo de sétima arte. A verdade dos fatos pode ser contada de inúmeras formas, mas assistir um filme é uma experiência diversas vezes intensa, e essa emoção faz parte da verdade do público, pois naquele momento é a única coisa que ele de fato sentiu na própria pele. Assim sendo, penso que o diretor é responsável por transpor o objeto documentado para a linguagem cinematográfica, não que esta seja engessada, mas que faça jus à grandeza do veículo.
Como é bom ter contato com filmes interessantes(!) e não ficar na dependência da lógica monetária das salas comerciais. O Cineclube Cascavel exibe filmes interessantes, num lugar honesto e de graça! Quem ainda não conhece, vale a pena.
Na próxima terça-feira dia 13, a partir das 19h30, o Cineclube Cascavel da ABD-GO inicia a Mostra A Ilusão Paga Passagem, com a exibição do curta A ilusão viaja de baú e a liberdade de bike, do coletivo Movimento do Vídeo Popular – Goiânia, e do longa A Ilusão Viaja de Trem (La Ilusion Viaja en Tranvia), de Luis Buñuel. Após a exibição, será realizado debate com o público presente.
A Mostra A Ilusão Paga Passagem é uma das mostras disponibilizadas pelo Festival Latino Americano de La Clase Obrera – Felco. A mostra enfoca as questões detransporte público e cidade, que no Cineclube Cascavel se realizará em cinco sessões distribuídas nos meses de julho e agosto. Os filmes têm origensdistintas, produzidos por desde coletivos e movimentos sociais, até analistas sociais e antropólogos, passando por órgãos públicos e de mídia. A Mostra apresenta uma importante investigação de políticas públicas para o setor do transporte: o impacto do transporte para a vida nas cidades, as lutas sociais (as "revoltas dos centavos"), pontuada com breves aulas dedesobediência civil.
O Felco surgiu em 2004 na Argentina como um festival de cinema e vídeo dedicado a difundir e discutir a produção de grupos engajados que haviam ressurgido no país a partir da movimentação política de 2001.
Hoje o festival é organizado permanentemente no Brasil, Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai por meio das atividades que cada grupo realiza em sua cidade. A cada ano há pelo menos uma edição internacional, quando se reúnem pessoas dos distintos países. Organizado no Brasil desde 2006, ano de realização do encontro internacional na cidade de São Paulo, o Felco vem dando vazão à produção audiovisual dos mais diversos setores oprimidos da sociedade através da distribuição de filmes e da realização de mostras.
PROGRAMAÇÃO
A ilusão viaja de baú e a liberdade de bike | Mizael, Emílio, Júnior, Drica e Lourivan, Movimento do Vídeo Popular – Goiânia, doc., Brasil, GO 2008, 11’
Depoimentos e críticas dos usuários da periferia sobre a precariedade do transporte público na cidade de Goiânia.
A Ilusão Viaja de Trem (La Ilusion Viaja en Tranvia) | Luis Buñuel, Fic., México, 1954, 88 min
Ao saberem que o bonde 133, no qual trabalharam durante toda a vida, será retirado de serviço, dois amigos ficam bêbados e decidem seqüestrá-lo. Nesta última viagem, levam um grupo de passageiros de diferentes idades, profissões e condições sociais.É o começo de uma jornada inesquecível repleta de personagens bizarros e situações absurdas, bem ao estilo de Buñuel.
Fotograma de A Ilusão Viaja de Trem, de Luis Buñuel. O filme compõe a Mostra A Ilusão Paga Passagem, que começara na terça-feira dia 13 no Cineclube Cascavel
Serviço
Sessão Cineclube Cascavel – Mostra A Ilusão Paga Passagem
Data: 13 de julho de 2010
Horário: 19h30
Local: Centro Cultural Cara Vídeo - Rua 83, 361, Setor Sul - Goiânia-GO
ENTRADA FRANCA
CLASSIFICAÇÃO: 14 anos
Fonte: Associação Brasileira de Documentaristas - Seção Goiás (ABD-GO)
Realização - ABD-GO
Parceria - CARAVÍDEO
Apoio - ABD Nacional, Conselho Nacional de Cineclubes, Cine Mais Cultura, Secretaria do Audiovisual/MinC
Na próxima terça-feira dia 06, a partir das 19h30, o Cineclube Cascavel da ABD-GO apresentará o documentário inédito no Brasil Manda Bala (Send a Bullet). Após a exibição, será realizado debate com o público presente.
O longa, que venceu o prêmio do júri de Melhor Documentário na edição de 2007 do Festival de Sundance, estabelece supostas ligações entre corrupção e o submundo do crime no Brasil. O diretor, Jason Kohn, se valeu de uma gama bem diversificada de personagens e de imagens fortes, que mostram desde a milionária indústria de carros blindados do país até um vídeo pertencente à polícia no qual se vê uma vítima de seqüestro tendo sua orelha arrancada por um seqüestrador.
Manda Bala, documentário mostra ligações entre corrupção e o submundo do crime no Brasil
O diretor, de 23 anos, nasceu em Nova York e é filho de uma paulistana e de um empresário argentino radicado em São Paulo. "A história do filme é que há uma conexão entre a corrupção política e violência urbana. E sobre como a corrupção, quer seja no Brasil ou em outra parte do mundo, não é apenas um crime de desvio de verbas, mas um crime violento. Seguindo a trilha do dinheiro, o filme vai de um político corrupto e chega a um seqüestrador", disse Kohn, em entrevista à BBC Brasil.
Jason Kohn, diretor de Manda Bala
Ele ouve o ex-presidente do Senado, Jáder Barbalho, acusado de ter usado um centro de criação de rãs como forma de ocultar um desvio bilionário de verbas, o cirurgião plástico Juarez Avelar, que ganhou renome mundial ao desenvolver técnicas para restituir orelhas decepadas, e um assassino e seqüestrador que se apresenta sob a alcunha de Magrinho e relata seus crimes com frieza.
Manda Bala (Send a Bullet) | Jason Kohn, Doc., EUA, 2007, 86 min
Filme rodado no Brasil mostra a relação entre a corrupção e a violência urbana (com ênfase nos sequestros na cidade de São Paulo). Dentre vários outros, ganhou o Grande Prêmio do júri em Sundance. O filme não teve permissão de ser passado nos cinemas brasileiros, mas graças a Internet, aqui está ele.Apesar de tanto sucesso pelo mundo afora, a imprensa brasileira não deu muita atenção a ele, talvez por radiografar de maneira tão ácida a coisa mais comum no Brasil: um político - dono de TV, rádio e jornais - acusado de vários casos graves de corrupção e continuar solto e atuando na política.
Serviço
Sessão Cineclube Cascavel com o filme Manda Bala
Data: 06 de julho de 2010
Horário: 19h30
Local: Centro Cultural Cara Vídeo - Rua 83, 361, Setor Sul - Goiânia-GO
ENTRADA FRANCA
CLASSIFICAÇÃO: NÃO INDICADA
Fonte: Associação Brasileira de Documentaristas - Seção Goiás (ABD-GO)
Realização - ABD-GO
Parceria - CARAVÍDEO
Apoio - ABD Nacional, Conselho Nacional de Cineclubes, Cine Mais Cultura, Secretaria do Audiovisual/MinC