Pessoal,
novamente o cineclube Cascavel deixa de lado a sessão semanal, aquela toda terça 19h30 que não falha, mas vez ou outra abre mão da irrepreensível regularidade por motivos nobres ou urgentes.
É o caso desta semana, em que temos o Perro Loco, importantíssimo Festival de Cinema Universitário Latino-Americano, que acontece na Universidade Federal de Goiás, em sua terceira edição - http://www.perroloco.com.br/
O cineclube Cascavel acompanhará o festival, com o objetivo principal de captar filmes para nossas futuras sessões.
A programação está imperdível, principalmente a paralela, que vai informada abaixo. Assim, estão todos convidados a comparecerem na abertura, que será bem na terça, amanhã, 19h lá no Cine UFG (Campus II), com o curta "Como se Morre no Cinema", de Luelane Loiola Corrêa.
Nos vemos lá!
Atenciosamente,
Mostra Paralela
Memórias do subdesenvolvimento (25 / 08 / 09_Terça-feira / 15h)
97min, 35mm, Documentário, 1968, Cuba, Dir. Tomás Gutiérrez Alea
Sinopse: Retrato lúcido e poético de Cuba no começo dos anos 60, Memórias do Subdesenvolvimento é considerado um clássico do cinema latino-americano. O mestre Tomás Gutiérrez Alea oferece um olhar ao mesmo tempo carinhoso e crítico sobre os rumos da revolução de Fidel Castro, narrado pelos olhos de Sérgio, um homem que aos 38 anos se vê subitamente sozinho em Havana, depois que sua mulher e seus pais resolvem migrar para os Estados Unidos. Ao acompanhar Sérgio, o espectador é convidado a passear pelas ruas da capital cubana e a encontrar personagens reais, num filme que mistura com habilidade recursos da ficção e do documentário.
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Como se Morre no Cinema (25 / 08 / 09_Terça-feira / 19h)
20min, 35mm, Documentário, 2002, Brasil, Dir. Luelane Loiola Corrêa
Sinopse: Memórias do papagaio que participou da filmagem do clássico brasileiro Vidas Secas, em 1962, quando atuou ao lado da cachorra Baleia.
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Canção de Baal (26 / 08 / 09_Quarta-feira / 09h30min)
77min, Ficção, 2009, Brasil, Dir. Helena Ignez
Sinopse: Poeta e cantor, Baal recebe convite de Meck, madeireiro predador, para um jantar oferecido em sua homenagem. Sarcasticamente recusando propostas que levariam à sua ascensão social, escandaliza os convidados, cortejando a mulher de Meck. Optando por uma vida de outsider, gozador da vida, Baal preenche seus dias com casos amorosos com belas mulheres e com um homem, apaixonando-se por ele ao ponto de quase o matar com seu ciúme. Nessa fábula musical antropofágica ouve-se a voz do próprio Bertolt Brecht e a entrevista de Einstein no Brasil, onde teria sido comprovada a Teoria da Relatividade.
Debate com a Diretora Helena Ignez
Com 40 anos de produção com inclusão nos vários campos da arte cênica e cinematográfica foi homenageada em 2006, pelo 20º FESTIVAL DE FILMS DE FRIBOURG, Suíça, onde foram exibidos 25 filmes em que atuou, produziu ou dirigiu. Helena Ignez atuou em importantes filmes nacionais, como "O Pátio", que marcou a estréia do cineasta Glauber Rocha no cinema e O Bandido Da Luz Vermelha e A Mulher de Todos de Rogério Sganzerla. A atriz é considerada a "musa do cinema brasileiro", tendo atuado nas vanguardas cinematográficas de cineastas como Rogério Sganzerla, Júlio Bressane e Glauber Rocha. Conhecida por seu estilo próprio de atuar, debochado e extravagante, Ignez fez história no Cinema, tornando-se a protagonista das subversões e experimentações da sétima arte nas décadas de 60 e 70. O filme "Canção de Baal" marca sua estréia como diretora de longa metragem. Além de dirigir "Canção de Baal", a atriz também foi responsável pelo roteiro do longa-metragem.
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O Jumento Santo e a cidade que se acabou antes de começar (26 / 08 / 09_Quarta-feira / 12h)
11min, Animação, 2007, Brasil, Dir. Léo D. e William Paiva
Sinopse: Quando Deus resolve criar o mundo, as coisas acabam não saindo como planejado. O sertão nunca mais será o mesmo, depois que o jumento Limoeiro vem a terra pra dar um jeito na humanidade, que depois de sucumbir à tentação do capeta, acaba botando o mundo em desordem.
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Olho por olho (26 / 08 / 09_Quarta-feira / 12h)
20min, 16 mm, Ficção, P&B, 1966, Brasil, Dir. Andrea Tonacci
Sinopse: Um grupo de amigos de classe média rodando de carro pela cidade de São Paulo reage ao sentimento de impotência e frustração que lhes invade a vida. Utilizando uma amiga como isca para atrair uma vítima qualquer, fazem dela objeto de liberação da própria alienação e agressividade moral contida. O inconsciente ritual/consumo de lazer/violência torna-se hábito diário diante da condicionada impotência imposta por um sistema de valores repressivos.
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Juvenília (26 / 08 / 09_Quarta-feira / 12h)
7min, 35mm, Ficção, 2004, Brasil, Dir. Paulo Sacramento
Sinopse: Cáspite!
Ave (26 / 08 / 09_Quarta-feira / 12h)
5min, 16mm, Ficção, 1992, Brasil, Dir. Paulo Sacramento
Sinopse: Faze o que tu queres há de ser tudo da lei.
Presença do Diretor Paulo Sacramento
Produziu e montou os filmes Amarelo Manga (de Cláudio Assis), A Concepção (de José Eduardo Belmonte) e Encarnação do Demônio (de José Mojica Marins). Montou os longa-metragens Tônica Dominante (de Lina Chamie), Cronicamente Inviável e Quanto Vale ou é por Quilo? (de Sérgio Bianchi), Querô (de Carlos Cortez), Chega de Saudade (de Laís Bodanzky) e É Proibido Fumar (de Anna Muylaert).
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Mudernage (26 / 08 / 09_Quarta-feira / 12h)
52min, Documentário, 2009, Brasil, Dir. Marcela Borela
Sinopse: Uma reflexão sobre a experiência moderna nas artes plásticas em Goiás a partir de uma diversidade de olhares que se deslocam do presente para o passado. Uma reflexão sobre a modernização das artes na periferia central do Brasil. Um ato, uma ação em direção a realidade artística de um lugar e ao seu passado constitutivo. Um canto de amor e ódio a uma cidade: a jovem metrópole. Goiânia, revestida de futuro, visita seu recente passado sob os olhares vorazes de diversos artistas e da documentarista Marcela Borela.
Presença da Diretora Marcela Borela
Formada em Comunicação Social/Jornalismo pela FACOMB - Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG - Universidade Federal de Goiás; Especialista em História Cultural e Mestranda em História pela FCHF - Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da UFG, trabalhando nas áreas de estética, teoria do cinema, teoria da imagem, história visual, história cultural e história da arte. Trabalhou em diversos curtas-metragens como diretora de arte, produtora, roteirista e diretora desde 2004. Seu primeiro longa-documentário "MUDERNAGE", foi possível por vencer o concurso DOC TV IV. É uma das produtoras do DESBITOLA - Ciclo de Debates do Cinema Goiano.
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Blá Blá Blá (26 / 08 / 09_Quarta-feira / 19h)
26min, 16mm, P&B, Ficção, 1968, Brasil, Dir, Andrea Tonacci
Sinopse: Feito para integrar um longa-metragem, dividindo a autoria com mais dois cineastas, este média-metragem faz uma forte crítica à política daquele período de recrudescimento da censura e forte diminuição da liberdade de expressão. Num momento como esse, de choque entre o poder e a resistência, alguns filmes procuraram fazer contato com a guerrilha, recusando a passividade e o registro dramatúrgico rigoroso e comum. Quem assistir a Blá, blá, blá ou a seus parentes de gênero comprometido com a fluidez narrativa, com o jogo convencional da ação e reação, vai perder o trem das imagens.
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Horror Palace Hotel (26 / 08 / 09_Quarta-feira / 19h)
40 min, S-8, Documentário, 1978, Brasil, Dir. Jairo Ferreira
Sinopse: Filmado por Jairo Ferreira e Rogério Sganzerla o documentário foi realizado durante a mostra "O Horror Nacional", no XI Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em julho de 1978. A metafísica de bar segundo Francisco Luís de Almeida Salles, o Presidente. A continuidade da luminosidade por Rogério Sganzerla. O gênio e a obra de arte incompleta na visão de José Mojica Marins. Com inter-vistas de Rudá de Andrade, Ivan Cardoso, Júlio Bressane, Elyseu Visconti, Neville d'Almeida, entre outros.
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Za 05 - Lo viejo y Lo nuevo (27 / 08 / 09_Quinta-feira / 12h)
77min, Documentário, 2006, Cuba/Argentina, Dir. Fernando Birri
Sinopse: Definido pelo autor como um "mega clip" em tributo a Cesare Zavatini, Za 2005 não é um filme sobre Zavatini, mas foi inspirado em sua poética. Como uma metáfora para conjugar dois termos aparentemente antagônicos - a memória e o futuro -, Birri monta uma colagem com sequências de filmes representativos do Novo Cinema Latino-americano, aliados aos trechos de documentários e teses realizados por alunos da "Escuela de Tres mundos", como é chamada a EICTV.
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Anabazys (27 / 08 / 09_Quinta-feira / 19h)
90min, 35mm, Documentário, 2007, Brasil, Dir. Joel Pizzini e Paloma Rocha
Sinopse: ANABAZYS é um prolongamento de A Idade da Terra, (1980), o filme-testamento de Glauber Rocha, na medida em que recria a memória em torno da gênese e produção do filme. Não se trata apenas de um tributo, mas sim de um ensaio reflexivo sobre o método de um artista no apogeu de sua expressão polytico-poétyka. Narrado em primeira pessoa pelas "vozes" de Glauber, ANABAZYS experimenta as suas lições visionárias através da participação do elenco, equipe técnica e colaboradores, que revisitam o imaginário de "A Idade da Terra". O ensaio incorpora cenas inéditas extraídas das sessenta horas do material bruto não aproveitadas na montagem e que flagram a dicção delirante do cineasta em plena filmagem. Além de investigar as motivações estéticas e a luta incansável de Rocha pela liberdade no país, ANABAZYS procura examinar ainda as raízes dos pré-conceitos forjados historicamente para excluir o filme do circuito cinematográfico. Um filme sobre um filme onde o autor assume também o papel de ator de sua verdade historyka. Um filme com Glauber Rocha
Debate com o Diretor Joel Pizzini
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Mehinako Ukayumai (28 / 08 / 09_Sexta-feira / 09h30min)
21min, Beta, Documentário, 1998, Brasil, Dir. Aiuruá Meinako
Sinopse: Primeiro filme de Aiuruá Meinako que nos leva a conhecer a etnia Mehinako, no Alto Xingu.
Mapulawache, A Festa do Pequi (28 / 08 / 09_Sexta-feira / 09h30min)
50min, Beta, Documentário, 2008, Brasil, Dir. Aiuruá Meinako
Sinopse: Filmado e dirigido por Aiuruá Meinako o documentário traz a realizadade da tribo Mehináku por sons, cores e mitos da Festa do Pequi: corpos pintados, flautas, rituais. Um encontro cultural e anímico com os Mehináku do Alto Xingu.
Debate com Diretor Aiuruá Meinako
Através do olhar de Ayuruá Mehináku e da câmera dirigida por ele, nos leva a um passeio etnográfico pela cultura de sua tribo. A aldeia no Alto Xingu, circundada pelas malocas individuais, é o cenário
natural. A relação direta da câmera com os personagens, sem diálogos ensaiados, revela os estados de espírito e os traços
faciais que se abrem para os "de fora" e nos permitem apreender os conteúdos.
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Filmefobia (28 / 08 / 09_Sexta-feira / 12h)
80min, 35mm, Ficção, 2008, Brasil, Dir. Kiko Goifmam
Sinopse: Jean-Claude Bernardet (um dos principais estudiosos de cinema do Brasil) atua no filme como o diretor de um falso documentário que nunca tem fim. FilmeFobia se constrói como um making of deste documentário fictício. É um filme sobre o medo na sociedade contemporânea. A principal idéia do diretor do documentário - Jean-Claude - é que a única imagem verdadeiramente autêntica, real e convincente é a de um ser humano em contato com a sua própria fobia. O elenco do falso documentário explora os limites da psique, contrapondo a fobia das pessoas com situações fortes, emocionalmente violentas. Aracnofobia, fobia de avião, talassofobia (medo do mar), fobia de cobras, fobia de sangue, fobia de agulhas, fobia de pombos, fobia de penetração, fobia de botões. O argumento principal do filme é também a razão pela qual ele nunca termina: terá o diretor do documentário - 71 anos - começado a ficar cego? A situação de HIV positivo do diretor piorou? Essa situação terá perturbado a mente dele quando teve que lidar com a fobia de sangue?
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Os Monstros de Babaloo (28 / 08 / 09_Sexta-feira / 19h)
120min, 35mm, Ficção, P&B, 1970, Brasil, Dir. Elyseu Visconti
Sinopse: Uma aventura burlesca na misteriosa Ilha de Babaloo envolve a grotesca família de um industrial com punhos de ferro, rei da banana e do jiló. O filme constrói uma metáfora selvagem da classe média brasileira durante o regime militar. Deboche, experimentalismo e humor são usados para criticar o moralismo.
Debate com o Diretor Elyseu Visconti
Elyseu Visconti produziu, dirigiu e escreveu este filme em 1970, mas não chegou a lançar, foi proibido pela censura. "Os Monstros de Babaloo" não é só uma sátira a classe média brasileira é também uma chanchada muito bem humorada, alucinada e alucinógena sobre relações de poder. "Este filme de Elyseu Visconti conserva ainda a juventude e o sopro renovador que o inspirou. Esta permanência se deve indubitavelmente, à pesquisa formal empreendida pelo autor junto com Rogério Sganzerla e Julio Bressane. EV joga por terra o filme de estilo e busca no gênero a sua função reveladora do cotidiano desglamurizado." - Miguel Pereira, no livro "Cinema de Invenção"
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Bang Bang (29 / 08 / 09_Sábado / 12h)
93min, 35mm, P&B, Ficção, 1971, Brasil, Dir. Andrea Tonacci
Sinopse: Filme construído nos planos, mais que na montagem e no enredo, Bang bang destina à câmera uma autonomia explosiva. A segurança com que ela percorre ruas, invade interiores, segue personagens e também afronta estaticamente a cena é muito, muito humilhante para diretores medianos, que ficam a elucubrar, por minutos, se passam ou não do plano médio para o plano geral.
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O Anjo Nasceu (29 / 08 / 09_Sábado / 19h)
82min, 35mm, Ficção, P&B 1969, Brasil, Dir. Júlio Bressane
Sinopse: Terceiro longa-metragem de Júlio Bressane conta a história de dois marginais que roubam e matam aparentemente sem causa. Um desses bandidos se acha procurado por um anjo.
Debate com Diretor Musical Guilherme Vaz
Pioneiro na musica para cinema no Brasil , e das formas experimentais . Compositor e artista visual . Criador de uma dezena de trilhas sonoras para filmes como " O Anjo
Nasceu "[Bressane] , " Cleopatra "[ Bressane] , " A Hora do Veneno " [ Rui Guerra ] , " A Erva do Rato " [ Bressane ] . " Fome de Amor " [ Nelson Pereira ] , e muitos outros . Diversos premios de melhor trilha sonora e musica original no Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro . Autor da musica do recente filme de Bressane , " A Erva do Rato " .
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Cineclube Cascavel
Goiânia - GO
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Cineclubismo: 80 anos democratizando o audiovisual brasileiro!
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